Brasil volta ao pódio na São Silvestre enquanto Quênia domina novamente

Brasil volta ao pódio na São Silvestre enquanto Quênia domina novamente
26 setembro 2025 0 Comentários Hellen Hellen

Retorno do Brasil ao pódio

Após três edições sem nenhuma medalha, o corredor brasileiro Carlos "Cézar" Silva cruzou a linha de chegada em terceiro lugar, garantindo o tão aguardado pódio para o Brasil na São Silvestre. Silva chegou ao último quilômetro com um ritmo de 2:55 por quilômetro, conseguindo se manter à frente da competição europeia e fechar a prova com 1:01:30. A notícia já corre nas redes sociais, com fãs celebrando o retorno da bandeira verde e amarela ao topo da prova mais tradicional de fim de ano.

Para os organizadores, a presença de um brasileiro na caixa de troféus reforça a decisão de investir em atletas de rua no país. O técnico da seleção de corrida de rua, Marcelo Torres, comentou que o resultado é fruto de um plano de treinamento de dois anos, focado em resistência ao frio e estratégia de largada em corridas com grande massa de participantes.

A hegemonia queniana na São Silvestre

A hegemonia queniana na São Silvestre

Enquanto Carlos Silva comemorava a terceira colocação, os quenianos ainda dominavam o pódio. O corredor de 27 anos, Kiprotich Kiplagat, venceu a prova com 1:00:25, batendo o recorde da última edição por 12 segundos. Seu colega, Eliud Njoroge, ficou logo atrás, em segundo lugar, com um tempo de 1:00:42. A dupla acabou completando o "double" queniano, mantendo a sequência de vitórias que a equipe de Quênia acumula desde 2008.

Especialistas apontam que a superioridade queniana se deve a um programa de treinamento que combina altitude, longas sessões de fartlek e um calendário de competições bem planejado. Na entrevista pós‑corrida, Kiplagat destacou a importância da disciplina e da escolha de corridas que favoreçam a adaptação ao clima mais frio de São Paulo no final de ano.

Além dos quenianos, atletas etíopes também aparecem entre os 10 primeiros, reforçando a competição entre as nações da África Oriental. A presença de corredores de diferentes continentes traz um espetáculo a mais para a corrida, que atrai mais de 30 mil participantes às ruas do centro da capital.

  • Carlos Silva (BRA) – 3º lugar – 1:01:30
  • Kiprotich Kiplagat (KEN) – 1º lugar – 1:00:25
  • Eliud Njoroge (KEN) – 2º lugar – 1:00:42
  • Marcelus Abebe (ETH) – 4º lugar – 1:01:10
  • Júlio Santos (BRA) – 7º lugar – 1:02:15

O retorno do Brasil ao pódio e a continuidade da hegemonia queniana pintam um cenário animado para a próxima edição da corrida, que deve acontecer no último dia do ano. Treinadores, atletas e fãs já começam a planejar estratégias para desafiar a supremacia africana e abrir espaço para novas histórias nas ruas de São Paulo.