Brasil goleia Uruguai por 5 a 1 e garante vaga na final da Copa América Feminina e nas Olimpíadas de 2028

Brasil impiedoso desde o início e Marta decisiva aos 39 anos
Logo nos primeiros minutos de jogo no tradicional Estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito, o Brasil mostrou que não estava para brincadeira diante do Uruguai pelas semifinais da Copa América Feminina 2025. Com uma pressão sufocante, Amanda Gutierres precisou de apenas 11 minutos para balançar as redes e abrir o placar. Nem deu tempo para a equipe uruguaia respirar: aos 13 minutos, Giovana Queiroz já ampliava a vantagem brasileira. A defesa uruguaia, desestabilizada, não conseguiu conter as investidas da seleção comandada por Arthur Elias.
E se alguém achava que o ritmo cairia, estava enganado. Aos 27 minutos, Marta demonstrou por que ainda é ícone do esporte mundial e referência até para jovens adversárias. Com tranquilidade, cobrou pênalti e marcou o terceiro gol brasileiro. Mesmo beirando os 40 anos, a camisa 10 continua jogador central para dar confiança e liderança ao elenco. Não é à toa que conquistou seis vezes o prêmio de melhor do mundo e segue ampliando sua coleção de feitos históricos com a amarelinha.

Amanhã de gols, recordes e vaga olímpica garantida
No segundo tempo, a intensidade verde e amarela continuou alta. Amanda Gutierres, grande nome do torneio até aqui, deixou o dela mais uma vez, garantindo seu quinto gol na competição, em cobrança de falta aos 65 minutos. Essa frieza em jogos decisivos só reafirma o excelente trabalho de preparação física e tática do grupo. Dudinha ainda teve tempo de fechar a conta aos 86 minutos — um prêmio para a jovem atacante que vinha buscando espaço entre as titulares.
O jogo, na prática, traduziu o abismo técnico que existe hoje entre Brasil e a maior parte das seleções sul-americanas. Só para ter uma ideia, o Brasil chega agora à quinta final seguida da Copa América, sendo dono de oito títulos em nove edições — uma soberania difícil de encontrar em outras modalidades esportivas.
Dessa vez, além do lugar na decisão, o time já conquistou algo valioso: a vaga direta para os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028. Isso alivia a pressão sobre o ciclo olímpico e permite um planejamento mais estratégico para buscar uma medalha inédita na modalidade.
A final, que será contra a Colômbia, promete ser equilibrada. Afinal, as colombianas foram justamente as adversárias da decisão de 2022, quando o Brasil também levou a melhor. Amanda Gutierres fez questão de destacar que não existe clima de salto alto e reconheceu o crescimento do futebol colombiano. Disputar a taça de melhor da América, aliás, se tornou quase uma tradição para as brasileiras nos últimos anos.
Enquanto parte do público brasileiro ainda dá pouca atenção para o futebol feminino, Marta e suas companheiras continuam escrevendo páginas impressionantes da história do esporte. Domínio técnico, foco tático e um elenco cada vez mais equilibrado — essa é a fórmula que mantém o Brasil no topo.