Irã Anuncia Guerra Após 78 Mortes em Ataques de Israel e Lança Mísseis em Retaliação

Irã Anuncia Guerra Após 78 Mortes em Ataques de Israel e Lança Mísseis em Retaliação
18 junho 2025 0 Comentários Ana Beatriz Fontes

O Início da Escalada: O que Motivou os Ataques?

Ninguém esperava uma escalada tão rápida. Tudo ganhou outra dimensão em 13 de junho de 2025, quando Israel lançou a chamada Operação Rising Lion, mirando não só locais militares do Irã, mas também áreas residenciais e instalações nucleares altamente sensíveis. O saldo foi pesado: 78 mortos, segundo dados oficiais divulgados por Teerã. Para os iranianos, o ataque não foi apenas uma afronta militar, mas também um golpe psicológico em meio a um cenário internacional já carregado de tensões.

A resposta veio como um raio. Teerã não hesitou e iniciou a Operação True Promise III menos de 48 horas depois. O alvo: estruturas de inteligência de Israel e zonas urbanas. Tudo isso escancarou uma guerra híbrida, misturando munição pesada, tecnologia militar de ponta, operações cibernéticas e simbologia política. No epicentro do conflito, a cidade de Tel Aviv foi atingida no dia 17, quando quatro mísseis balísticos iranianos caíram sobre a Escola de Inteligência Militar do Campo Moshe Dayan. Apesar dos danos materiais – principalmente em um depósito que pegou fogo – não houve registro de mortos neste ataque específico.

Retaliação por Todos os Lados e Alerta Global

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Enquanto mísseis voavam, o espaço aéreo se tornou palco de uma verdadeira batalha tecnológica. No próprio dia 17, a Marinha de Israel precisou interceptar uma série de drones lançados em direção ao território israelense. Um destaque foi a ação de uma corveta classe Saar 6, que neutralizou um drone e gravou toda a ação em vídeo – sinal claro da mistura entre guerra física e midiática.

Enquanto as sirenes soavam em Tel Aviv, os discursos incendiavam do outro lado. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu optou por um caminho menos convencional: falou diretamente ao povo iraniano por meio de canais da oposição. Com uma retórica ousada, disse que “a hora de sua liberdade está próxima” e pediu que o povo iraniano “carregue a luz rumo à liberdade”. Essa postura veio logo após outro pronunciamento, em 12 de junho, onde reforçou que “o dia da libertação está próximo”.

A repercussão internacional não demorou. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu moderação imediata, temendo um efeito dominó no Oriente Médio. A Agência Internacional de Energia Atômica veio a público alertar sobre o perigo de ataques a instalações nucleares, que poderiam ter consequências catastróficas além das fronteiras iranianas. Já a OTAN cobrou ambas as partes por esforços de distensão, mas sem apresentar propostas concretas para conter a crise.

No momento, mais do que combates, o clima é de incerteza. Qual vai ser o próximo passo de Teerã? Até onde Israel está disposto a ir em nome da “segurança nacional”? E como a comunidade global pretende evitar que a crise vire um desastre regional? Por enquanto, a única certeza é que o conflito mudou de patamar e todo o planeta está, literalmente, em alerta máximo.