Lula Recebe Líderes do G20 no MAM do Rio de Janeiro com Foco em Inclusão e Sustentabilidade
nov, 18 2024Recepção dos Líderes do G20 no Rio
Em um dos momentos mais aguardados do calendário internacional de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recepcionou os líderes do G20 no icônico Museu de Arte Moderna (MAM) no Rio de Janeiro. Nesta edição, que acontece nos dias 18 e 19 de novembro, há uma expectativa global para as discussões sobre inclusão social, reforma da governança mundial e a crucial transição energética para um desenvolvimento sustentável. Com uma agenda que reflete desafios contemporâneos, o Brasil está no centro das atenções ao sediar este evento de magnitude global.
Prioridades do Encontro e a Posição do Brasil
O ênfase do G20 desta vez reflete as preocupações emergentes com a inclusão social e a luta contra a fome e a pobreza. Globalmente, a crise econômica e climática exacerbou desigualdades, e o Brasil, como anfitrião, busca liderar a discussão sobre a necessidade de uma reforma nas instituições de governança global para melhor refletir o equilíbrio de poder e responsabilidade no século XXI. Além disso, a transição para energias limpas está no cerne das conversas, sob a premissa de que o desenvolvimento sustentável é inegociável frente às urgências climáticas.
Nos dias que precedem o encontro do G20, Lula envolveu-se em uma série de compromissos bilaterais e eventos sociais. Participou do encerramento da Cúpula Social do G20 no dia 16 de novembro, marcando presença em festivale promovendo a 'Aliança Global contra a Fome e a Pobreza'. Isto simboliza um esforço coletivo para enfrentar problemas que transcendem fronteiras nacionais.
Discussões Urbanas e Consensos Climáticos
O calendário de Lula também incluiu a participação na plenária de prefeitos do Urban 20 (U20) no dia 17 de novembro, onde questões sobre as cidades do futuro foram debatidas intensamente. O documento final da U20, fruto de um consenso entre cidades-membro e convidadas, delineia a urgência de investimentos e governança multilateral para enfrentar as mudanças climáticas. Defende-se a necessidade de garantir US$ 800 bilhões por ano até 2030 para projetos urbanos que mitiguem o impacto ambiental, com medidas fiscais progressivas e acesso igualitário a serviços essenciais como saúde e educação.
A relevância destes tópicos se reflete também no texto que prevê a possibilidade de aumentar impostos dos bilionários como um meio efetivo de redistribuir riqueza e impulsionar a agenda de desenvolvimento sustentável. Sob a liderança de Lula, o Brasil se posiciona firmemente pela criação de uma 'Aliança Global contra a Fome e a Pobreza', com objetivos claros de erradicação da miséria e fortalecimento das economias locais.
Contexto Geopolítico e Segurança Reforçada
As atuais tensões geopolíticas encontram-se também no centro das discussões. Conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia, além das questões econômicas globais, são capítulos obrigatórios na pauta do G20. Este ano, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, faz sua última aparição no encontro, enquanto o presidente chinês, Xi Jinping, está reservado para desempenhar um papel de destaque nas negociações.
Com o cenário internacional aquecido, a segurança foi redobrada no Rio de Janeiro após uma tentativa frustrada de atentado à bomba em Brasília que visou a Suprema Corte. Este ataque, atribuído a um extremista de extrema-direita, acende o alerta máximo em um evento onde estão presentes líderes das maiores economias do mundo, responsáveis por 80% das emissões globais. É notável como estes líderes, responsáveis pelo grosso das emissões de carbono, têm nas mãos o poder de acelerar a proteção climática de maneira substancial.
Tensões e Soluções à Vista
Enquanto as negociações sobre financiamento climático continuam travadas nas conversações climáticas da ONU no Azerbaijão, espera-se que o G20 ofereça um terreno mais fértil para acordos consistentes que priorizem as nações em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, o espectro de objeções internas, como as levantadas pela delegação argentina, ainda paira sobre o encontro. No entanto, o Itamaraty permanece otimista em relação a um consenso que não seja barrado por dissidentes.
Lula reitera que guerras e conflitos não devem distraír o foco de problemas tão urgentes quanto a pobreza e as mudanças climáticas. O Brasil se compromete com este discurso e busca subsídios para soluções que sejam aplicáveis e duradouras. Espera-se que as decisões do G20 contribuem para um salto transformador na abordagem global à medida que nos dirigimos a um futuro mais verde e igualitário.