Man United perde por 2 a 0 para o Crystal Palace e afunda na tabela

O Manchester United caiu mais uma vez em casa. Derrotado por Crystal Palace por 2 a 0 no Old Trafford em 2 de fevereiro de 2025, o time inglês registrou sua 11ª derrota na temporada 2024-25 da Premier League. O resultado não só aprofunda a crise do clube, mas também coloca em dúvida a permanência do técnico Erik ten Hag no cargo. Com apenas 3 vitórias em 12 jogos como mandante, os red devils estão a 12 pontos da liderança e a 9 da zona da Liga dos Campeões — e tudo isso com o estádio cheio, 73.542 torcedores presentes, quase na capacidade máxima.

Um dia sem sorte no Old Trafford

O jogo começou com a expectativa de um resgate, mas logo se transformou em um pesadelo. O Crystal Palace foi mais inteligente, mais rápido e mais letal. O primeiro gol veio aos 49 minutos, quando Jean-Philippe Mateta aproveitou um erro de marcação da defesa do United e finalizou com precisão. O segundo, aos 64 minutos, foi ainda mais cruel: uma contra-ataque rápido, com Isaiah Jones cortando a defesa e finalizando no canto inferior. Nada de grandes jogadas, apenas eficiência. Enquanto isso, o Manchester United não conseguiu nem um único chute no alvo. Zero. Nada. O técnico Erik ten Hag, com os braços cruzados no banco, parecia mais um espectador do que um estrategista.

A crise que não tem fim

Essa foi a quinta derrota consecutiva em casa para o United. A última vitória no Old Trafford foi em 15 de dezembro de 2024, contra o Brentford — quase dois meses atrás. Desde então, foram três derrotas e duas empates. A média de público continua alta, mas a qualidade do jogo caiu como um prédio em desmontagem. O time tem 8 vitórias, 5 empates e 11 derrotas, com 29 pontos, na 12ª posição da tabela. O Crystal Palace, por outro lado, subiu para o 11º lugar com 30 pontos — e agora está à frente do gigante que costumava dominar a liga.

As estatísticas são desoladoras: 0 chutes no alvo, 40% de posse de bola, 12 faltas cometidas, 2 cartões amarelos. O único momento de esperança veio aos 90+7 minutos, quando o jovem atacante dinamarquês Rasmus Højlund, de 21 anos, saltou para cabecear uma bola cruzada de Diogo Dalot, de 24 anos. A bola passou por cima do travessão — não foi um gol, foi um espelho da temporada inteira: quase, mas não o suficiente.

As vozes do vestiário

Após o apito final, Ten Hag não escondeu a frustração. "Isso é inaceitável para um clube do tamanho do Manchester United", disse ele em coletiva. "Não é apenas sobre resultados. É sobre identidade. E hoje, perdemos isso também." Ele prometeu uma "revisão completa" com a comissão técnica, mas não deu prazos. Já o técnico do Crystal Palace, Oliver Glasner, foi só elogios. "Nossa equipe executou o plano perfeitamente. Não foi sorte. Foi trabalho, disciplina e coragem. Derrotar o United em casa é algo que todos os times sonham. Nós conseguimos."

Quem também ficou em evidência foi o árbitro Anthony Taylor, de 45 anos, que apitou sua 212ª partida na Premier League. Nenhum pênalti, nenhuma polêmica. O jogo foi justo — e isso só torna a derrota do United mais dolorosa. Não foi falta de árbitro. Foi falta de jogo.

Consequências que vão além da tabela

A derrota não afeta apenas a posição na tabela. Ela impacta o mercado. Transferências estão congeladas. Patrocinadores estão nervosos. O valor de mercado do clube caiu 18% nos últimos seis meses, segundo dados da Deloitte. O próximo jogo, contra o Leicester City na Copa da Inglaterra em 5 de fevereiro, é uma oportunidade de recomeçar — mas também pode ser o começo do fim da era Ten Hag. Se perderem também ali, a pressão vai explodir.

Enquanto isso, o Crystal Palace, que jogou com apenas 7 jogadores que começaram a temporada no time titular, mostra que o futebol moderno não é mais sobre nomes grandes, mas sobre coesão. E o United? Parece que perdeu até a noção do que é ser grande.

O que vem a seguir?

O próximo desafio do Manchester United é contra o Leicester City, na Copa da Inglaterra, em 5 de fevereiro. Mas o verdadeiro teste será em 16 de fevereiro, quando enfrentam o Liverpool em casa — um clássico que, se perderem, pode ser o sinal definitivo de que a temporada está perdida. Já o Crystal Palace viaja a Selhurst Park para enfrentar o Nottingham Forest em 8 de fevereiro, com chances reais de chegar à zona da Europa League.

Por que isso importa?

O Manchester United não é só um clube. É um símbolo. Um ícone. Quando ele cai, o futebol inglês sente. A perda de credibilidade afeta o merchandising, os contratos de TV, o turismo. E, mais importante, a alma dos torcedores. Milhões em todo o mundo ainda vestem a camisa vermelha. Mas hoje, muitos estão se perguntando: será que ainda vale a pena acreditar?