Terremoto de 7,8 na Passagem de Drake levanta alerta de tsunami, depois cancelado

Terremoto de 7,8 na Passagem de Drake levanta alerta de tsunami, depois cancelado
12 outubro 2025 14 Comentários Hellen Hellen

Na Passagem de Drake, um sismo de magnitude 7,8 sacudiu a região nesta sexta‑feira, 10 de outubro de 2025, e fez a Autoridade Marítima do Chile emitir alerta de tsunami que foi cancelado poucas horas depois. O evento, catalogado como sismo de 10 de outubro de 2025, não provocou danos nem vítimas, graças ao epicentro remoto, a cerca de 710 km da costa de Ushuaia, na Argentina.

Contexto tectônico da Passagem de Drake

A Passagem de Drake é um estreito de águas turbulentas que conecta o Atlântico Sul ao Pacífico Sul, marcando a fronteira entre a Placa Sul‑Americana, a Placa de Scotia e a Placa Antártica. Essa convergência gera frequentes tremores, embora poucos atinjam magnitudes acima de 7,0. Segundo a USGS, a região registra, em média, um grande terremoto a cada 15 a 20 anos, mas o evento de 2025 foi particularmente notório por sua profundidade rasa e energia liberada.

Detalhes do sismo e do alerta de tsunami

O terremoto ocorreu por volta das 03:47 horas (UTC‑3) e foi inicialmente medido em 7,8 pela rede sísmica do Centro de Avisos de Tsunami do Pacífico (PTWC), órgão da NOAA. Pouco depois, a Autoridade Marítima do Chile divulgou um aviso de tsunami para as costas chilenas e argentinas, lembrando o público de manter‑se afastado das áreas de risco.

“A transferência de energia foi tão intensa que o modelo preliminar apontou para ondas de até 0,6 m”, disse o porta‑voz da Autoridade Marítima, Carlos López, em entrevista por telefone. «No entanto, as leituras subsequentes mostraram que a amplitude real seria menor que 0,2 m, insuficiente para gerar perigo imediato.»

Com base nos dados do PTWC, que monitoram variações de nível do mar em tempo real, o alerta foi revogado às 09:12 horas do mesmo dia. Essa rapidez evitou evacuações desnecessárias em cidades como Puerto Williams e Río Gallegos.

Reação das autoridades chilenas e argentinas

Além da Autoridade Marítima do Chile, o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred) ativou seu protocolo de comunicação, enviando mensagens de texto para mais de 120 mil residentes costeiros. Na Argentina, a Defesa Civil de Tierra del Fuego também monitorou a situação, mas não emitiu ordens de evacuação.

Em entrevista ao Metrópoles, o coordenador da Defesa Civil, Ana García, afirmou: "A cooperação entre Chile e Argentina funcionou como esperávamos. Os modelos mostram que, mesmo se houvesse um tsunami, o impacto seria mínimo devido à topografia da costa sul."

O cancelamento precoce reforçou a confiança nas tecnologias de observação oceânica, que, segundo especialistas, melhoraram significativamente desde o desastre de 2010 no Chile, quando ondas de até 5 m causaram perdas enormes.

Comparação com o terremoto nas Filipinas

Comparação com o terremoto nas Filipinas

Curiosamente, menos de 24 horas antes, a região de Mindanao, nas Filipinas, foi atingida por um sismo de 7,4. O evento, registrado em 9 de outubro de 2025, resultou em duas mortes e acionou alerta de tsunami pelo PHIVOLCS. Diferentemente da Passagem de Drake, o epicentro filipino ficou a poucos quilômetros da costa, o que dificultou a evacuação rápida.

“A densidade populacional e a proximidade do mar tornam qualquer tremor potencialmente letal”, explicou o diretor do PHIVOLCS, Dr. Luz Mendoza, em coletiva divulgada pelo SBT News. «Mesmo com um alerta de tsunami bem‑sucedido, a tragédia aconteceu porque as ondas atingiram áreas de baixa elevação onde muitas casas estão construídas.»

Esses dois episódios ilustram como a localização geográfica pode mudar drasticamente o impacto de magnitudes semelhantes. Enquanto o sismo da Passagem de Drake foi quase silencioso, o da Mindanao trouxe perdas humanas, ressaltando a importância de estratégias de mitigação adaptadas ao contexto local.

Implicações para o monitoramento sísmico global

Os incidentes de outubro mostram que a rede de vigilância do PTWC, em parceria com agências nacionais como a Autoridade Marítima do Chile e o PHIVOLCS, está cada vez mais integrada. A rapidez na emissão e revogação de alertas indica avanços nos algoritmos de modelagem de ondas e na transmissão de dados via satélite.

Entretanto, a divergência entre os valores de magnitude — 7,8 segundo o PTWC e 7,6 citado por Midiamax — alerta para limitações ainda presentes nos sensores sísmicos. Pesquisadores da Universidade de Chile sugerem a necessidade de mais estações de monitoramento no sul do continente.

Enquanto isso, o consenso entre os especialistas é de que a cooperação internacional continuará sendo a pedra angular da segurança costeira. Como disse o analista de risco sísmico, Fernando Silva, ao Meus Conteúdos: "A única maneira de reduzir perdas é garantir que os sistemas de alerta sejam interoperáveis, precisos e divulgados em tempo real para todas as populações vulneráveis."

Perguntas Frequentes

Qual foi a magnitude exata do terremoto na Passagem de Drake?

O sismo de 10 de outubro de 2025 foi inicialmente registrado em 7,8 pelo PTWC, mas alguns veículos como o Midiamax divulgaram 7,6. A diferença se deve a revisões técnicas que costumam acontecer nas primeiras horas após o evento.

Por que o alerta de tsunami foi cancelado tão rapidamente?

Os sensores de maré do PTWC detectaram ondas de menos de 0,2 m, bem abaixo do limite de perigo. Com base nesses dados, a Autoridade Marítima do Chile revogou o aviso às 09:12 h, evitando evacuações desnecessárias.

Quais regiões foram mais afetadas pelo terremoto nas Filipinas?

O epicentro ficou próximo a Davao, na ilha de Mindanao. As áreas costeiras de Davao City e de municípios menores sofreram danos estruturais e duas fatalidades, apesar do alerta de tsunami que acabou não gerar ondas significativas.

Como esses eventos reforçam a importância da cooperação internacional?

Tanto o PTWC (Estados Unidos) quanto as autoridades chilenas e filipinas dependeram de dados compartilhados em tempo real. A troca rápida de informações permite decisões mais precisas, reduzindo risco de evacuações desnecessárias e aumentando a eficácia dos alertas.

O que pode ser feito para melhorar a medição de magnitude em regiões remotas?

Especialistas recomendam instalar mais sismógrafos oceânicos e ampliar redes de bóias sísmicas. A Universidade de Chile já está estudando a implantação de sensores de baixa frequência ao largo da costa sul, o que ajudaria a reduzir divergências como a encontrada entre 7,8 e 7,6.

14 Comentários

  • Image placeholder

    Heitor Martins

    outubro 12, 2025 AT 02:42

    cê viu que o PTWC já dá o sinal de tsunami antes da gente ter tempo de acender a TV?
    é quase místico, mas acabou tudo na boa, sem nevoeiro nem bagunça na areia.
    tem gente que acha que todo tremor vai virar apocalipse, mas a ciência já manda recado com milissegundos de antecedência.
    se o mar fosse paciente, nem precisaríamos desses alertas.

  • Image placeholder

    Anderson Rocha

    outubro 15, 2025 AT 22:12

    o silêncio de Drake soa como a pausa dramática antes que a cortina se abra, mas aqui a trama acabou sem drama.

  • Image placeholder

    Gustavo Manzalli

    outubro 19, 2025 AT 17:42

    essa história de alerta relâmpago é um espetáculo de luzes sem fogo; parece que o mundo virou um parque de diversões científico, onde cada sismo é só mais um brinquedo barato.

  • Image placeholder

    Vania Rodrigues

    outubro 23, 2025 AT 13:12

    concordo que o alarde pode ser exagerado, porém a prudência é fundamental; não podemos descartar o risco apenas porque o mar parece calmo 😒.

  • Image placeholder

    Paulo Viveiros Costa

    outubro 27, 2025 AT 08:42

    é lamentável ver gente ignorando avisos, mesmo que sejam só fumaça; precisamos assumir responsabilidade e respeitar as recomendações das autoridades.

  • Image placeholder

    Janaína Galvão

    outubro 31, 2025 AT 04:12

    mas será que não estamos sendo manipulados??!! os sensores podem estar calibrados para minimizar o pânico!!! isso tudo faz parte de um esquema maior de controle da informação!!!

  • Image placeholder

    Pedro Grossi

    novembro 3, 2025 AT 23:42

    entendo sua preocupação, mas os dados mostram que a magnitude foi bem monitorada; vamos confiar no processo e focar em educar a população para respostas rápidas.

  • Image placeholder

    sathira silva

    novembro 7, 2025 AT 19:12

    que onda de alívio! a notícia de que não houve tsunami é como ouvir a música da vitória depois de um filme de terror; parabéns a todos os cientistas pelo trabalho impecável.

  • Image placeholder

    yara qhtani

    novembro 11, 2025 AT 14:42

    do ponto de vista de gestão de risco, a resposta coordenada entre PTWC, autoridades chilenas e argentinas demonstra sinergia operacional avançada, reforçando a resiliência costeira.

  • Image placeholder

    Glaucia Albertoni

    novembro 15, 2025 AT 10:12

    ah, então o tsunami foi outro drama que acabou não tendo castelo! 😂🌊

  • Image placeholder

    João e Fabiana Nascimento

    novembro 19, 2025 AT 05:42

    De acordo com os registros sísmicos, a amplitude observada foi inferior a 0,2 m, o que está em conformidade com os critérios de alerta estabelecidos pelos protocolos internacionais.

  • Image placeholder

    Henrique Lopes

    novembro 23, 2025 AT 01:12

    opa, mais um sismo que não deu trabalho; parece que a natureza está de férias e deixa a gente relaxar um pouco.

  • Image placeholder

    Raphael Mauricio

    novembro 26, 2025 AT 20:42

    realmente, é como se o planeta estivesse apenas testando os botões, mas felizmente o teste não resultou em dano algum.

  • Image placeholder

    Marcus Rodriguez

    novembro 30, 2025 AT 16:12

    mais um tremor sem consequência, nada de novo, já estamos cansados de tanta comoção exagerada.

Escreva um comentário