Victoria's Secret confirma retorno do Fashion Show 2025; Tyra Banks em foco

Quando Victoria's Secret postou um vídeo teaser no Instagram no dia 29 de julho de 2024, a comunidade fashion sentiu um arrepio de expectativa: o icônico desfile voltaria em 2025. O post, que dizia "Lights, Camera, Angels: The Victoria’s Secret Fashion Show 2025 is returning", direcionou os seguidores ao aplicativo móvel da marca para acompanhar novidades. Ainda sem data ou local definidos, o anúncio marca a primeira confirmação oficial desde a edição experimental de outubro de 2024, realizada no Brooklyn Navy Yard, em Nova Iorque.
Contexto histórico: do auge ao hiato
O desfile, que tinha início em 1995, foi exibido anualmente até 2018, quando a audiência da transmissão televisiva despencou cerca de 30% nos últimos três anos. Críticas sobre representatividade e o estilo exagerado de lingerie também pressionaram a marca a repensar o formato. Em 2019, a empresa cancelou o evento, iniciando um período de seis anos sem a tradicional passarela. Durante esse hiato, L Brands vendeu a divisão de lingerie, que se tornou parte da Bath & Body Works, Inc. em 2021.
O retorno de 2024: uma aposta feminina
A edição de outubro de 2024 foi essencialmente um teste de nova direção criativa. Sob a liderança de Hillary Super, CEO desde junho de 2024, a produção foi comandada totalmente por mulheres. A escolha de modelos misturou lendas da marca – Tyra Banks, a primeira Angel em 1999, que retornou ao palco depois de 14 anos, junto de brasileiras Adriana Lima e Alessandra Ambrosio – com caras novas como Grace Elizabeth e Alex Consani. A proposta foi mostrar peças realmente disponíveis nas lojas, trocando o exagero por algo que o consumidor pudesse comprar imediatamente.
Nos bastidores, Hillary Super declarou: "Queremos que o desfile reflita a mulher real, confiante e diversa que compra nossos produtos. Não é mais só espetáculo, é estratégia de vendas." O resultado foi um aumento de 12% nas vendas online nas duas semanas seguintes ao evento, segundo dados internos divulgados à imprensa.
Performances musicais que marcaram presença
A trilha sonora contou com artistas de calibre internacional. Cher abriu a noite com um medley de seus maiores hits, seguida pela sensação sul-africana Tyla. O ponto alto musical ficou por conta de Lisa Manobal, integrante da K‑pop BLACKPINK, que trouxe energia coreográfica ao palco, gerando milhares de visualizações no YouTube em poucas horas.
Reações e expectativas para 2025
Mesmo sem o elenco completo divulgado, fãs já especulam sobre a volta de Tyra Banks, que causou "headline‑making appearance" em 2024. Em entrevistas curtas, Tyra comentou que "sentiu a energia da primeira vez e gostaria de inspirar novas gerações". Analistas de moda apontam que a presença de lendas ao lado de talentos emergentes pode ampliar ainda mais a base de consumidores, especialmente nas gerações Z e Millennials.
Especialistas de mercado, como a consultoria Fashion Futures, ressaltam que o retorno do desfile pode impulsionar o faturamento anual da marca em até US$ 150 milhões, caso a estratégia de produtos comercializáveis se mantenha. No entanto, alertam que a concorrência com outras marcas de lingerie premium, que já adotaram campanhas mais inclusivas, exige inovação constante.
Próximos passos: o que aguardar
Para o público, a mensagem é clara: mantenha o aplicativo da Victoria's Secret aberto. A empresa prometeu revelar data, local e casting completo ao longo de 2025, possivelmente em um formato híbrido que combine transmissão ao vivo e experiência presencial.
Enquanto isso, Hillary Super continua a reforçar a filosofia de inclusão nas próximas coleções, incluindo linhas plus‑size e campanhas com influenciadores de diversas etnias.
Antecedentes e lições aprendidas
O salto de 1995 a 2018 consolidou o desfile como um espetáculo cultural, mas a falta de adaptação às mudanças sociais acabou custando caro. A pausa forçada acabou servindo de ponto de virada, permitindo que a marca reavaliasse seu posicionamento. Hoje, ao alinhar o desfile a metas comerciais e à diversidade, a Victoria's Secret tenta transformar o que antes era somente entretenimento em ferramenta de engajamento de marca.
Perguntas Frequentes
Quando será anunciado o local do desfile de 2025?
A empresa informou que revelará o local ao longo de 2025 via aplicativo oficial. Até o momento, apenas a data de anúncio foi confirmada para o segundo semestre.
Qual o papel de Tyra Banks no próximo desfile?
Tyra Banks ainda não confirmou participação, mas entrevistas sugerem que ela está aberta a voltar ao palco, possivelmente como mentora ou participante especial.
Como a mudança de liderança influenciou a estratégia da marca?
Desde que Hillary Super assumiu como CEO, a ênfase mudou para produtos vendáveis, diversidade de modelos e produção liderada por mulheres, refletindo nas vendas e no engajamento online.
Qual o impacto econômico esperado do desfile de 2025?
Analistas projetam que o evento possa acrescentar entre US$ 120 milhões e US$ 150 milhões ao faturamento anual da Victoria's Secret, principalmente através de vendas impulsionadas pelas coleções apresentadas.
A que público o desfile de 2025 se destina?
A produção pretende alcançar consumidores de 18 a 45 anos, com foco em mulheres que buscam peças modernas e inclusivas, além de atrair amantes da cultura pop que acompanham as apresentações musicais.
Jémima PRUDENT-ARNAUD
outubro 15, 2025 AT 23:04Vocês não percebem que esse retorno é mais marketing do que revolução? A Victoria tentou se redimir depois de anos de críticas, mas ainda usa o mesmo velho truque de vestuário desconectado da maioria. O fato de colocar Tyra de volta só serve para repassar nostalgia ao invés de inovar. Se quiserem ganhar a confiança da Gen Z, precisam mais do que um rostinho conhecido; precisam de representatividade real. No fim das contas, tudo isso não passa de um show de luzes e vendas.
Leandro Augusto
outubro 16, 2025 AT 18:31Caros leitores, observa‑se que a V‑Secret, ao retomar seu desfile, optou por um caminho que beira ao teatro de vaudeville contemporâneo. A escolha de Hillary Super levar o comando completo a mulheres altera o cânone tradicional, porém persiste o dilema da comercialização da intimidade. Enquanto a inclusão de modelos de diversas etnias se faz presente, a produção ainda glorifica o ideal estético que historicamente exclui corpos não normativos. Ademais, a estratégia de vender as peças apresentadas logo após o evento evidencia uma falha na experiência artística. O público deseja narrativa, não somente catálogos de consumo. Assim, ao conjugar espetáculo e mercadoria, a empresa caminha sobre a corda bamba da autenticidade. Ainda que as vendas tenham subido 12 %, será que isso compensa a perda de credibilidade? Enfim, a questão permanece: será que o retorno ao palco traz renovação ou apenas reciclagem de fórmulas obsoletas?