Vidas Paralelas: Globo estreia novela inovadora no Globoplay em maio de 2026
A TV Globo acaba de anunciar uma das mudanças mais ousadas da sua história recente: Vidas Paralelas, uma novela de 40 capítulos criada por Walcyr Carrasco com co-autoria de Cristianne Fridman, estreará exclusivamente no Globoplay em maio de 2026. A decisão, revelada na quarta-feira, 29 de outubro de 2024, durante o evento de comemoração dos dez anos da plataforma, não é só um lançamento — é um sinal de que a emissora entende: o público não quer mais 180 capítulos. Quer intensidade. Quer ritmo. E quer ver a história acabar antes de esquecer quem é quem.
Uma novela das cinco, mas sem ser das cinco
Pela primeira vez, a Globo vai ocupar a tradicional faixa das 17h com uma novela — mas não na TV aberta. Vidas Paralelas será a primeira "novela das cinco" da emissora, substituindo a antiga Malhação, mas só depois de um ano de exibição digital. Isso mesmo: o público vai assistir primeiro no streaming, e só depois, em maio de 2027, a trama chegará à tela da TV aberta. A ideia? Atrapalhar o hábito antigo. Forçar o público a migrar. E, ao mesmo tempo, aproveitar o momento em que as novelas turcas e os doramas coreanos dominam os top 10 do Globoplay.Quem está no elenco e o que acontece?
A trama gira em torno de um playboy conquistador, interpretado por André Luiz Frambach, que, sem saber, passa a trabalhar para o próprio pai — um advogado famoso e rigoroso, vivido por Marcelo Serrado. O filho, ignorante da relação sanguínea, vira os olhos e ouvidos da empresa, enquanto se envolve com uma jovem determinada, interpretada por Giullia Buscacio. A tensão entre identidade, segredos e amor é o motor da história. Mas não é só isso: Flávia Alessandra, Kelzy Ecard, Bia Montez e Olívia Araújo completam o núcleo principal, enquanto Caroline Dallarosa — cotada para o papel da vilã — promete reviravoltas que vão deixar o público de boca aberta.A direção geral fica a cargo de Adriano Melo, conhecido por seu trabalho em produções que equilibram emoção e ritmo acelerado. As gravações começam no segundo semestre de 2025, nos Estúdios Globo, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. A estrutura de 40 capítulos — cada um com cerca de 25 minutos — é claramente inspirada nos doramas asiáticos, que conquistaram o mundo com narrativas compactas, cliffhangers inteligentes e personagens que não se arrastam por anos.
Por que isso importa?
A diretora de Gestão de Conteúdo de Produtos Digitais da Globo, Tatiana Costa, foi clara: "É uma provocação saudável para os nossos colegas dos Estúdios Globo". Ela reconhece que o público já não tem paciência para tramas que se arrastam. "Vocês vão gostar: é leve, de amor, com muito romance e superação", disse ela, em tom quase de desafio. E não é só uma tentativa de competir com a Netflix ou a Amazon Prime. É uma resposta direta ao sucesso de produções como My Liberation Notes e Crash Landing on You, que dominam o ranking de visualizações da plataforma.Essa mudança não é isolada. Em 2026, Walcyr Carrasco terá duas novelas no ar: além de Vidas Paralelas, também levará Quem Ama Cuida, que substituirá Três Graças na faixa das 21h. Ambas estrearão em maio, um movimento estratégico para capturar o público que já não espera o horário nobre para se envolver com uma história.
O que vem depois?
O anúncio de Vidas Paralelas foi parte do Upfront da Globo, onde também foram reveladas outras novidades: Terra da Garoa, de Mario Teixeira, chega em novembro de 2026 às 18h, e Próxima Página, de Juan Jullian, estreia em agosto na faixa das 19h. Tudo indica que a emissora está apostando em uma nova era: menos volume, mais impacto. Menos repetição, mais surpresa.É um risco? Sim. Mas também é a única saída viável. Enquanto o público migra para plataformas que respeitam seu tempo, a Globo não pode mais fingir que o modelo dos anos 90 ainda funciona. Vidas Paralelas é o primeiro teste real de uma nova fórmula. Se der certo, outras novelas seguirão o mesmo caminho. Se falhar? Talvez seja o sinal de que o público já não quer mais ser tratado como um público de TV aberta — e sim como espectadores com escolha, atenção e poder de cancelamento.
Como foi o processo de desenvolvimento?
Walcyr Carrasco, que ainda está no ar com Êta Mundo Melhor, já deixou o projeto antes do capítulo 30 para se dedicar integralmente às novas produções. Isso mostra a prioridade que a Globo deu ao projeto: ele não é um complemento. É o centro da estratégia digital da emissora em 2026. A equipe de roteiro trabalhou em parceria com analistas de dados do Globoplay, estudando padrões de visualização, pausas, retomadas e abandono. O resultado? Uma estrutura mais parecida com uma série de streaming do que com uma telenovela tradicional. Cada capítulo termina com um gancho. Nenhum é descartável. Nenhum é só "para preencher".Frequently Asked Questions
Por que a Globo decidiu estrear Vidas Paralelas no Globoplay antes da TV aberta?
A Globo quer impulsionar a adesão ao Globoplay, que completa dez anos em 2024. Lançar uma novela exclusiva no streaming, com formato curto e moderno, é uma forma de atrair espectadores que já consomem doramas e séries. A ideia é criar um hábito: primeiro, o público assiste no app; depois, quando a trama chegar à TV, já estará engajado. É uma estratégia de fidelização digital.
Como Vidas Paralelas se compara às novelas turcas e doramas?
Assim como os doramas, Vidas Paralelas tem 40 capítulos curtos, ritmo acelerado e foco em emoções intensas em pouco tempo. Mas mantém a essência da telenovela brasileira: melodrama, família e reviravoltas. A diferença está na estrutura: não há episódios "de recheio". Cada capítulo avança a trama, como nas séries asiáticas. Isso reduz o abandono e aumenta o engajamento.
Quem é o público-alvo dessa nova novela?
O público entre 18 e 35 anos, principalmente mulheres, que já consomem conteúdo no celular e não têm paciência para tramas longas. Mas também os fãs de novelas turcas e doramas que buscam histórias com mais profundidade emocional e menos repetição. A Globo quer atrair esse público sem perder os espectadores tradicionais — por isso, a exibição na TV aberta virá depois de um ano.
Walcyr Carrasco vai continuar escrevendo novelas longas?
Não há indicação de que ele vá abandonar o formato tradicional. Em 2026, ele terá duas novelas: uma curta (Vidas Paralelas) e outra longa (Quem Ama Cuida). Isso mostra que a Globo está testando dois modelos ao mesmo tempo. Carrasco é um autor versátil — e agora, ele também é um experimentador. Se Vidas Paralelas der certo, outros autores podem seguir o mesmo caminho.
Qual é o impacto desse modelo no mercado de produção de conteúdo?
A Globo está desafiando o modelo de produção de telenovelas, que sempre foi baseado em volume e tempo de exibição. Ao apostar em 40 capítulos, ela reduz custos, acelera a produção e aumenta a qualidade por capítulo. Se o público aderir, outras emissoras podem copiar o modelo. Isso pode mudar a lógica de toda a indústria da televisão brasileira nos próximos anos.
Maria Luiza Luiza
novembro 1, 2025 AT 11:1240 capítulos? Sério? A Globo finalmente acordou ou só tá copiando o dorama porque viu que deu certo no TikTok?
Eu tô cansada de ver novela que dura ano e meio e no final ninguém lembra quem é quem. Se for só pra matar o tempo, melhor assistir um vídeo de gatinho.
Sayure D. Santos
novembro 2, 2025 AT 21:47A estrutura de 40 episódios alinha-se com os padrões de consumo digital de conteúdo narrativo de alta densidade emocional. A redução de volume não implica perda de qualidade, apenas otimização de fluxo cognitivo do espectador. A TV aberta está obsoleta como modelo de distribuição primária.
Gustavo Junior
novembro 3, 2025 AT 19:41Henrique Seganfredo
novembro 4, 2025 AT 08:26Brasil não é Coreia. Não adianta copiar. Nossa audiência quer drama, não aperto de botão. Essa novela vai morrer no primeiro mês. E o pior: vai ser a Globo quem vai matar a própria tradição.
Marcus Souza
novembro 5, 2025 AT 16:17Mano, isso é evolução. A gente tá vivendo a era do celular, do TikTok, da atenção curta. Se a Globo não mudar, ela some. E olha, eu adoro novela tradicional, mas já fui em 3 e não lembrei nem o nome do vilão no final. Se a história é boa, 40 capítulos é perfeito. A gente não precisa de 180 pra se emocionar. E o elenco tá top, sério. Serrado e Frambach juntos? Vai ser épico. Vai rolar!
Leandro Moreira
novembro 6, 2025 AT 05:30Walcyr Carrasco escrevendo uma novela curta? Isso é como o Messi jogar futebol de salão. Ele pode, mas não é o que o povo espera. E ainda por cima sem TV aberta? A Globo tá perdendo a cabeça. Isso não é inovação, é desespero.
Geovana M.
novembro 7, 2025 AT 06:5440 capítulos? Tá brincando? Eu fiquei 3 dias assistindo uma novela turca de 20 episódios e ainda sonhei com o vilão. Se isso aqui for só mais um dorama brasileiro com atores da Globo, vai ser a pior coisa desde que a Globo colocou o Jô Soares pra falar de política na novela.
Carlos Gomes
novembro 7, 2025 AT 21:36Essa mudança é crucial. O público hoje consome conteúdo de forma fragmentada, e a estrutura de 25 minutos por capítulo permite maior retenção. O uso de cliffhangers inteligentes, validado por dados de engajamento do Globoplay, é uma prática comprovada em produções asiáticas e ocidentais. A Globo está adotando uma abordagem data-driven, algo que a indústria brasileira negligenciou por décadas. Isso não é só inovação - é sobrevivência.
MAYARA GERMANA
novembro 9, 2025 AT 19:4540 capítulos? Tá, mas e o roteiro? Será que o Walcyr não tá só fazendo isso porque já tá cansado de escrever? E o elenco? Frambach como playboy? Ele já fez isso 12 vezes! E Serrado como pai rígido? Ele é o cara que já fez o pai mais chato da história da TV brasileira. E ainda por cima, a Globo tá querendo me obrigar a assistir no app antes de ver na TV? Tô aqui pra relaxar, não pra fazer um curso de tecnologia antes de ver uma novela. Vai ser mais um lixo que eu vou abandonar no capítulo 5.
Flávia Leão
novembro 11, 2025 AT 11:25Se a novela é sobre vidas paralelas, talvez a Globo também esteja vivendo uma delas: uma realidade onde o público não quer mais ser tratado como massa. Mas será que o público entende que isso é liberdade? Ou só mais uma forma de controle disfarçada de inovação? A arte não se mede em capítulos. Se a história é boa, 10 capítulos bastam. Se é ruim, 1000 não salvam.
Cristiane L
novembro 12, 2025 AT 09:15Isso é interessante. Mas e os idosos? E as pessoas que não usam app? A Globo vai deixar elas de fora? Não acho que a TV aberta deva ser abandonada, só que ela precisa ser complementada. Talvez o ideal fosse lançar no Globoplay e depois passar na TV, mas com uma versão editada, tipo um 'best of'. Assim ninguém fica de fora.
Andre Luiz Oliveira Silva
novembro 13, 2025 AT 00:43Mano, isso aqui é o fim do mundo ou o começo de algo lindo? 40 capítulos? Isso é como se a Globo tivesse decidido que o público não é mais um bando de bobo que senta 6 horas por dia pra ver o mesmo roteiro com troca de roupa. A gente tá vivendo uma revolução, e o Walcyr tá na frente, com o Serrado e o Frambach como os heróis da nova era. Se der certo, isso vai ser ensinado nas faculdades de comunicação. Se der errado? Pois é... mas pelo menos tentaram. E isso já é mais do que a Globo fez nos últimos 10 anos.